Primeira Página
Acusados de corrupção, Dantas, Nahas e Pitta são presos pela PF
Minc fala em compensação ambiental por Angra 3
Emergentes acusam países ricos por alta dos preços
Editorial
Tempos novos no Continente
O governo enquadra as ONGs
A cúpula da passividade
O boom automobilístico
Espaço Aberto
A transfiguração de Ingrid Betancourt :: José Nêumanne
Aprimoramento médico pós-graduado :: Fábio Schmidt Goffi
Colunas
Celso Ming
Direto da fonte :: Sonia Racy
Opinião
O governo faz PAC até debaixo d'gua :: Marcos Sá Corrêa
Nacional
PF prende Daniel Dantas, Nahas e Pitta por corrupção
Inspiração em Gandhi
Banqueiro teria tentado suborno de US$ 1 milhão
Negado pedido de prisão de jornalista
CPI ligou Dantas a valerioduto em 2006
Receita investiga aplicações em paraísos fiscais
De gênio do cálculo às disputas milionárias
''Operação contraria impressão de pizza''
Em 2005, liminar do STF paralisou investigação
Nahas usaria informação privilegiada
A paixão pelas operações de risco e a quebra da bolsa
Nicéa, a garantia de mais holofotes para Pitta
Greenhalgh era elo com Planalto, diz procurador
Mangabeira advogou para grupo
Para oposição, ação é outro capítulo do jogo de poder no PT
Para defesa, prisão é ''ilegal e arbitrária''
Presidente do STF critica algemas e ''espetáculo''
''Foi uma operação normal'', afirma Tarso
Senado torna ''ficha-suja'' inelegível
TRE cancela multa de R$ 42 mil dada a Marta
Alckmin faz promessa a moradores de rua
Kassab quer foco em programa de governo
Da cadeia, ex-prefeito se candidata em Vinhedo
Fogaça é alvo dos candidatos em Porto Alegre
Um forrozeiro para embalar filho de Lula
Relator duvida da versão de Paulinho
PF investiga conexões de fraude do Detran
Dez são presos por fraudes no Amazonas
Requião diz que multa ''é chantagem''
Economia
Emergentes vão responsabilizar G-8 pela alta dos alimentos e do petróleo
Brasil quer derrubar exigência da UE para etanol
Lula vai fazer último pedido a Bush para liberar Doha
Brasil está à beira de ser superpotência, diz ''FT''
Meirelles frisa controle da inflação
Conab reduz estimativa para a safra de grãos
Exportações crescem 26% e chegam a R$ 33,7 bilhões
Inadimplência ''real'' é o dobro da ''oficial''
Emprego industrial segue produção e se estabiliza em maio
Veículos são 28% da expansão da indústria
Minc quer compensação por Angra 3
Plano esbarra na Constituição
''Usinas são reserva estratégica''
8ª Rodada da ANP deve ser retomada este ano
Eletronuclear vai renegociar contratos antigos
Cacciola alega tortura e apela à ONU
Senado aprova filho de Chinaglia para o Cade
Vida&
Ex-assessor diz que ministério não divulgou epidemia de febre amarela
Saúde qualifica as críticas como ''divergência natural''
Governo libera R$ 1 mi para Santa Casa
Falta fiscal em 58% das unidades de conservação
Dados de desmatamento não são ruins, diz Minc
2,02% dos artigos científicos do mundo são do País
Internacional
''Com Farc alienadas, será fácil vencê-las''
Metrópole
Polícia do Rio: a que mais mata no mundo
MP pede prisão e PMs são indiciados por fuzilar menino
Cabral vai expulsar militares
CPI recua em indiciamentos
Caderno 2
Cria-se parceria para agilizar fila de incentivos do MinC
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Ataque em Cabul mata 41 e fere 147
Governo afegão acusa inteligência do Paquistão por atentado contra embaixada indiana, o mais mortífero desde 2001
Um carro-bomba explodiu ontem diante da Embaixada da Índia em Cabul, matando 41 pessoas e ferindo outras 147, no ataque mais mortífero na capital afegã desde a queda do Taleban, sete anos atrás.
"O atentado foi cometido em coordenação com alguns círculos de inteligência na região", disse o Ministério do Interior afegão, referindo-se ao serviço de inteligência paquistanês.
As autoridades afegãs já haviam acusado agentes paquistaneses de estar por trás de vários atentados cometidos nas últimas semanas no Afeganistão. No mês passado, o presidente afegão, Hamid Karzai, ameaçou enviar seus soldados ao outro lado da fronteira para combater os militantes se o Paquistão não adotasse nenhuma medida para contê-los.
O governo paquistanês rejeitou a acusação afegã e condenou duramente o ataque de ontem. O Paquistão, aliado-chave dos EUA em sua luta contra o terrorismo, tem sido pressionado a agir com mais rigor nas áreas tribais, na fronteira com o Afeganistão, onde militantes do Taleban e da Al-Qaeda estariam se reagrupando.
A embaixada indiana é considerada um símbolo dos esforços da Índia de estabelecer uma maior influência no Afeganistão desde a invasão liderada pelos EUA, em outubro de 2001. Segundo analistas, a crescente presença da Índia no Afeganistão, com a abertura de consulados em várias cidades e a participação na reconstrução, reavivou a competição com o Paquistão, seu rival histórico.
"O Paquistão tem uma política declarada de busca de importância estratégica na região, no Afeganistão e mais além", disse C. Uday Bhaskar, ex-subdiretor do Instituto de Estudos de Defesa de Nova Délhi. "Desde a queda do Taleban, a Índia vem retomando suas relações com o Afeganistão. Por isso, há um elemento de competição", declarou. Ele acrescentou que os autores do atentado "são forças que tentam desestabilizar o governo de Karzai".
Segundo autoridades afegãs, tais "forças" seriam formadas por militantes islâmicos e membros da agência de inteligência paquistanesa, a ISI - que ajudou a criar o Taleban, dando treinamento e recrutando estudantes de escolas corânicas (madrassas) ou refugiados afegãos em campos no Paquistão.
Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque e um porta-voz do Taleban, Zabiullah Mujahid, negou que seus militantes tenham sido os responsáveis. O Taleban costuma assumir a responsabilidade por ataques contra as forças internacionais ou os soldados afegãos, mas geralmente nega envolvimento em atentados com muitas vítimas civis.
A Índia anunciou que enviará uma delegação ao Paquistão para investigar o que sua chancelaria chamou de um "covarde ataque terrorista". Segundo Nova Délhi, quatro indianos, entre eles um adido militar e um diplomata, foram mortos. A explosão também matou cinco seguranças afegãos na vizinha Embaixada da Indonésia. O suicida lançou o carro-bomba contra dois veículos da embaixada indiana, a poucos metros de uma fila onde dezenas de afegãos aguardavam para obter visto. A explosão ocorreu às 8h30 locais, quando moradores da capital iam ao trabalho ou faziam compras nas lojas próximas.
Governo afegão acusa inteligência do Paquistão por atentado contra embaixada indiana, o mais mortífero desde 2001
Um carro-bomba explodiu ontem diante da Embaixada da Índia em Cabul, matando 41 pessoas e ferindo outras 147, no ataque mais mortífero na capital afegã desde a queda do Taleban, sete anos atrás.
"O atentado foi cometido em coordenação com alguns círculos de inteligência na região", disse o Ministério do Interior afegão, referindo-se ao serviço de inteligência paquistanês.
As autoridades afegãs já haviam acusado agentes paquistaneses de estar por trás de vários atentados cometidos nas últimas semanas no Afeganistão. No mês passado, o presidente afegão, Hamid Karzai, ameaçou enviar seus soldados ao outro lado da fronteira para combater os militantes se o Paquistão não adotasse nenhuma medida para contê-los.
O governo paquistanês rejeitou a acusação afegã e condenou duramente o ataque de ontem. O Paquistão, aliado-chave dos EUA em sua luta contra o terrorismo, tem sido pressionado a agir com mais rigor nas áreas tribais, na fronteira com o Afeganistão, onde militantes do Taleban e da Al-Qaeda estariam se reagrupando.
A embaixada indiana é considerada um símbolo dos esforços da Índia de estabelecer uma maior influência no Afeganistão desde a invasão liderada pelos EUA, em outubro de 2001. Segundo analistas, a crescente presença da Índia no Afeganistão, com a abertura de consulados em várias cidades e a participação na reconstrução, reavivou a competição com o Paquistão, seu rival histórico.
"O Paquistão tem uma política declarada de busca de importância estratégica na região, no Afeganistão e mais além", disse C. Uday Bhaskar, ex-subdiretor do Instituto de Estudos de Defesa de Nova Délhi. "Desde a queda do Taleban, a Índia vem retomando suas relações com o Afeganistão. Por isso, há um elemento de competição", declarou. Ele acrescentou que os autores do atentado "são forças que tentam desestabilizar o governo de Karzai".
Segundo autoridades afegãs, tais "forças" seriam formadas por militantes islâmicos e membros da agência de inteligência paquistanesa, a ISI - que ajudou a criar o Taleban, dando treinamento e recrutando estudantes de escolas corânicas (madrassas) ou refugiados afegãos em campos no Paquistão.
Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque e um porta-voz do Taleban, Zabiullah Mujahid, negou que seus militantes tenham sido os responsáveis. O Taleban costuma assumir a responsabilidade por ataques contra as forças internacionais ou os soldados afegãos, mas geralmente nega envolvimento em atentados com muitas vítimas civis.
A Índia anunciou que enviará uma delegação ao Paquistão para investigar o que sua chancelaria chamou de um "covarde ataque terrorista". Segundo Nova Délhi, quatro indianos, entre eles um adido militar e um diplomata, foram mortos. A explosão também matou cinco seguranças afegãos na vizinha Embaixada da Indonésia. O suicida lançou o carro-bomba contra dois veículos da embaixada indiana, a poucos metros de uma fila onde dezenas de afegãos aguardavam para obter visto. A explosão ocorreu às 8h30 locais, quando moradores da capital iam ao trabalho ou faziam compras nas lojas próximas.
''Brasil continua auto-suficiente''
Estatal contesta dados da ANP sobre importações e exportações e garante que País mantém saldo positivo
Nicola Pamplona
O diretor de abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, contestou ontem dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) sobre exportações e importações de petróleo e disse que, pelas contas da estatal, o Brasil continua auto-suficiente na produção da commodity. O executivo citou, porém, apenas dados referentes às operações da estatal, sem contar com as importações feitas por outras empresas.
"O saldo comercial, em volumes, continua positivo", afirmou Costa, sem citar valores. Mais tarde, a companhia divulgou nota informando que a empresa vendeu 91 mil barris por dia a mais do que comprou entre janeiro e maio deste ano. Dados da ANP, compilados junto à Secretaria de Comércio Exterior (Secex), apontam um déficit de 185 mil barris por dia entre janeiro e abril.
Especialistas lembram que há hoje empresas privadas atuando no comércio exterior de petróleo e derivados. Cerca de 70% da nafta consumida no País, por exemplo, é importada diretamente pelas centrais petroquímicas. "Os dados da Petrobrás nunca batem com os da Secex, que usamos em nossas análises. Não dá para trabalhar com números de empresas", diz Bruno Rezende, analista especializado em balança comercial da consultoria Tendências.
Na nota, a Petrobrás distribuiu uma cartilha explicando seu cálculo da balança, na qual reconhece não contabilizar dados de outras empresas e alega que as estatísticas da Secex só são compiladas após certificação pela Receita Federal, com atraso de até 60 dias.
Segundo os dados da ANP, houve grande crescimento das importações entre janeiro e abril deste ano. O movimento acompanha um ritmo de aumento no consumo de combustíveis que coloca em risco, este ano, a auto-suficiência conquistada em 2006, conforme admitiu em entrevista ao Estado o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim.
"O que vem puxando as importações é o diesel. O consumo cresce muito e a produção cresce pouco", comenta Rezende. De fato, as importações do combustível praticamente dobraram entre janeiro e abril em relação a igual período de 2007.
Costa afirmou que a Petrobrás trabalha para frear o crescimento das importações de diesel. Ele diz que a empresa investiu em uma nova unidade da Refinaria Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, para transformar óleo combustível em diesel.Além disso, o aumento da mistura de biodiesel para 3%, em vigor desde julho, pode contribuir para conter o aumento da demanda interna pelo derivado de petróleo. Segundo o executivo, a empresa projeta fechar o ano com um saldo comercial em torno dos US$ 500 milhões.
Segundo a ANP, entre janeiro e abril, o déficit financeiro na balança de petróleo e derivados foi de US$ 2,753 bilhões, número 682% superior ao registrado no mesmo período de 2007. "No médio prazo, a balança do setor tende a continuar deficitária e só será reduzida à medida em que as metas de produção sejam efetivadas." A Tendências projeta um déficit entre US$ 8 bilhões e US$ 9 bilhões em 2008, incluindo os gastos com importação de gás boliviano.
Embora nunca tenha deixado de importar petróleo leve para suas refinarias, o Brasil conseguiu fechar os últimos dois anos com volume de importações maior do que as exportações. Em 2006, o saldo foi de 57 mil barris por dia. Em 2007, caiu para 13 mil barris por dia.
Estatal contesta dados da ANP sobre importações e exportações e garante que País mantém saldo positivo
Nicola Pamplona
O diretor de abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, contestou ontem dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) sobre exportações e importações de petróleo e disse que, pelas contas da estatal, o Brasil continua auto-suficiente na produção da commodity. O executivo citou, porém, apenas dados referentes às operações da estatal, sem contar com as importações feitas por outras empresas.
"O saldo comercial, em volumes, continua positivo", afirmou Costa, sem citar valores. Mais tarde, a companhia divulgou nota informando que a empresa vendeu 91 mil barris por dia a mais do que comprou entre janeiro e maio deste ano. Dados da ANP, compilados junto à Secretaria de Comércio Exterior (Secex), apontam um déficit de 185 mil barris por dia entre janeiro e abril.
Especialistas lembram que há hoje empresas privadas atuando no comércio exterior de petróleo e derivados. Cerca de 70% da nafta consumida no País, por exemplo, é importada diretamente pelas centrais petroquímicas. "Os dados da Petrobrás nunca batem com os da Secex, que usamos em nossas análises. Não dá para trabalhar com números de empresas", diz Bruno Rezende, analista especializado em balança comercial da consultoria Tendências.
Na nota, a Petrobrás distribuiu uma cartilha explicando seu cálculo da balança, na qual reconhece não contabilizar dados de outras empresas e alega que as estatísticas da Secex só são compiladas após certificação pela Receita Federal, com atraso de até 60 dias.
Segundo os dados da ANP, houve grande crescimento das importações entre janeiro e abril deste ano. O movimento acompanha um ritmo de aumento no consumo de combustíveis que coloca em risco, este ano, a auto-suficiência conquistada em 2006, conforme admitiu em entrevista ao Estado o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim.
"O que vem puxando as importações é o diesel. O consumo cresce muito e a produção cresce pouco", comenta Rezende. De fato, as importações do combustível praticamente dobraram entre janeiro e abril em relação a igual período de 2007.
Costa afirmou que a Petrobrás trabalha para frear o crescimento das importações de diesel. Ele diz que a empresa investiu em uma nova unidade da Refinaria Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, para transformar óleo combustível em diesel.Além disso, o aumento da mistura de biodiesel para 3%, em vigor desde julho, pode contribuir para conter o aumento da demanda interna pelo derivado de petróleo. Segundo o executivo, a empresa projeta fechar o ano com um saldo comercial em torno dos US$ 500 milhões.
Segundo a ANP, entre janeiro e abril, o déficit financeiro na balança de petróleo e derivados foi de US$ 2,753 bilhões, número 682% superior ao registrado no mesmo período de 2007. "No médio prazo, a balança do setor tende a continuar deficitária e só será reduzida à medida em que as metas de produção sejam efetivadas." A Tendências projeta um déficit entre US$ 8 bilhões e US$ 9 bilhões em 2008, incluindo os gastos com importação de gás boliviano.
Embora nunca tenha deixado de importar petróleo leve para suas refinarias, o Brasil conseguiu fechar os últimos dois anos com volume de importações maior do que as exportações. Em 2006, o saldo foi de 57 mil barris por dia. Em 2007, caiu para 13 mil barris por dia.
Assinar:
Postagens (Atom)